domingo, 8 de janeiro de 2017

BEIJA-FLOR FAZ NINHO EM CAMINHONETE EM CIDADE DO OESTE PAULISTA

Foi sob o para-choque de uma caminhonete Ford F-75 do enfermeiro nefrologista Hélio Almeida Moreira, de Presidente Prudente, que uma beija-flor-tesoura se sentiu segura para construir um lar para sua família. O veículo, estacionado em um imóvel no Jardim Aviação, agora está com os passeios suspensos, já que o proprietário decidiu respeitar a natureza e aguardar os dois filhotes que vêm por aí.

O proprietário do automóvel relata que ficou um período viajando e, com isso, o veículo permaneceu parado na garagem. Na volta, ele foi preparar a caminhonete para o fim de semana, já que a usa somente para passeio neste período, e houve uma “movimentação” diferente. “Quando funcionei a caminhonete, ela [beija-flor] ficou rondando e ‘defendendo’ o território dela. Então, pensei que poderia ter algo referente a ninho por ali”, conta ele.
Ele conta também que embaixo do veículo surgiram umas “sujeirinhas” que foram limpas, mas voltaram a aparecer. Ao recordar o episódio, ele foi verificar a parte de baixo do veículo e localizou o abrigo da ave.
Após a descoberta, o enfermeiro optou por manter o veículo parado por mais um tempo. “A gente está contente por esta situação. Vai ficar parada por uma boa causa. É para ela ter os filhotes com tranquilidade”, disse ele.
 “Não deixamos mais carros irem até lá e a circulação de pessoas é feita com cuidado para que ela não abandone o ninho” disse Hélio.

Entre as quatro espécies de beija-flor que podem ser encontradas na cidade, esta é a “tesoura”, bastante comum na região.
Observando melhor, próximo ao local existe um outro ninho, porém abandonado. O biólogo Luiz Waldemar de Oliveira disse que o primeiro ninho ficou em local de trânsito intenso de pessoas, então, ela (Beija-flor) fez a postura de um ovo e se sentiu incomodada pela movimentação, abandonou o ninho daquele ovo e achou um local muito escondido para fazer outro ninho bem protegido.
Primeiro ninho foi abandonado com um ovo
Para o biólogo, a atitude do enfermeiro em deixar o ninho no local foi admirável. “Ainda bem que ele está consciente e quer fazer isso. Outros, talvez, não fariam a mesma coisa. É de louvar a atitude dele de a deixar parada [a caminhonete]. A satisfação dele, quando os filhotes saírem do ninho e acompanhar isso, vai ser um prazer”, comentou.
A espécie coloca apenas dois ovos, pois é a quantidade de que “consegue tratar”, conforme o biólogo. O terceiro ovo, que está no ninho abandonado, já foi perdido. “Mesmo que o terceiro tivesse condições, não daria para ela cuidar”, afirmou Luiz.
Notícia: Blog de Dracena - Fonte: G1 - Fotos: Stephanie Fonseca

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